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Reflexões sobre Empresas que Curam

Empresas que Curam é um livro escrito por Raj Sisodia e Michael J. Gelb, que nos leva a viajar por histórias que trazem esperança e inspiração para um mercado de trabalho mais humano e cuidadoso.

Raj Sisodia é um dos idealizadores do movimento global Capitalismo Consciente, e nesta obra, ambos autores conseguem apresentar exemplos de que sim, é possível que empresas, através de suas lideranças, tomem ações para mudar a história do mundo do trabalho, com práticas contrárias a certas características ainda tão presentes.

As empresas hoje, sejam grandes corporações ou pequenos negócios, são forças dominantes na vida contemporânea. E ainda, se observarmos que a maioria das pessoas é empregada em empresa privada, fica mais fácil compreender o papel social que as empresas exercem. A maneira como cada empresa decide conduzir os negócios e o relacionamento com seus stakeholders impacta a vida de muita gente.

No livro, reflexões sobre as empresas serem a causa ou a solução de grandes problemas da humanidade, passam pela abordagem da origem do Capitalismo e seus objetivos, incluindo um olhar para a obra de Adam Smith, como citam os autores:

“Smith entendia que os seres humanos são motivados por muito mais que o enriquecimento pessoal e que o capitalismo precisava de uma consciência.”  

Mais consciência se tornou urgente no mundo do trabalho. 

O termo curar é bem pertinente para o momento atual, em que observamos o quanto as pessoas estão adoecendo no trabalho, e temas voltados a saúde mental passaram a ser prioridade, enfim. 

Repensar um ambiente de trabalho saudável, nos leva diretamente ao time de líderes da empresa. Líderes podem ser causadores de sofrimento ou de cura. Quando despertos para o potencial de impacto que exercem na vida de seus liderados, esses líderes colocam em prática o amor, compaixão, senso de justiça, e ainda, exercem a capacidade de colocar sua equipe acima de seus interesses pessoais. Incorporar determinadas atitudes de cuidado humano pode reduzir ou eliminar dores e ampliar a alegria no ambiente de trabalho. 

Com inspiração no livro aqui citado, e também com base em minha vivência profissional, acredito que o passo inicial para um líder que quer curar é criar espaços de escuta profunda, com entrega de uma presença dedicada a entender com empatia o que está se passando com sua equipe. Ao criar conexão, relações podem ser construídas ou regeneradas para que o mundo do trabalho possa reverberar um mundo melhor. 

É preciso ainda repensar a gestão para que a vida das pessoas esteja a frente dos números e dos interesses pessoais, para que ambientes de trabalho se tornem locais de inspiração e crescimento, ao invés de gerar apenas estresse e medo, e consequentemente o adoecimento.

Livros como este nos ilumina o caminho para contribuirmos na construção de um mundo de trabalho com mais amor, cuidado, carinho e respeito… afinal, essas não são algumas das necessidades básicas dos seres humanos? 

Sigamos com consciência para que cada dia haja mais espaço para que líderes que curam exerçam seu papel!

E você, tem exercido seu potencial de cura no ambiente de trabalho? Compartilhe nos comentários.

Autora: Cristiane Rodrigues Abrahão.
Especialista em Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional.

 

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